domingo, 27 de junho de 2010

Técnicas de Ilustração 5- Abigraf 30 anos


Meus caros,
Esta arte foi realizada com acrílico, sobre papel duplex, preparado com modeling paste para trabalhar sobre uma textura. Como o tema era uma homenagem aos 30 anos da revista Abigraf, achei oportuno fazer um retrato de Gutemberg, fundindo com elementos de imprensa e o número 30.

Um abraço,
Gilberto Marchi

DOMINGO PEDE PALAVRA - 14

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DOMINGO PEDE PALAVRA

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Marciano Vasques
  


FRAGMENTOS
DE 
MÁRIO DE ANDRADE
 
 





Se estiver na calçada da Consolação, e em frente daquela biblioteca um homem alto, com óculos acentuados e sem aparência física atrativa, mas com um imenso sorriso cativante, lhe acenar com o seu chapéu, acredite, é a poesia a lhe chamar.

-"Arte é feita com carne, sangue, espírito e tumulto de amor"- escreveu Mário de Andrade à pintora Anita Mafalti.

Nessa e em todas as suas correspondências podemos enriquecer nossa vida ao extrair o entendimento de vida que tinha esse homem que escreveu sobre folclore, música, artes plásticas, teatro, literatura. Enfim, sobre praticamente tudo, e da sua arte fez o reflexo e o nascedouro de um novo tempo, um novo país.

A moranduba (narração) indígena amazônica ensina que é o amor que deve nortear e unir homens e mulheres. Mário, na rapsódia "Macunaíma, o herói sem nenhum caráter" buscou na fonte indígena a edificação do seu herói, porém alterando a seu gosto a mitologia original e mesclando-a com crendices africanas e européias e com episódios cotidianos.
Nascido em outubro de 1893 em uma São Paulo diferente da atual, contempla na sua produção poética – que começou com o livro "Há uma gota de sangue em cada poema" e contou em seu trajeto com "Paulicéia Desvairada", "Losango Caqui" e "Clã do Jabuti" - o reflexo da vida social e cultural do Brasil no quarto de século que ele intensamente viveu e ajudou a embelezar.

Seu poema "Eu sou Trezentos..." está no livro "Remate dos Males" publicado em 1930, que pode ser interpretado como símbolo da diversidade cultural do país e do fragmentado homem dos grandiosos anos 20, pois revela, ao lado da enigmática mitologia pessoal do autor, seu compromisso com a época.

Enorme intelectual, fascinante personalidade artística do seu tempo,patrimônio da erudição, era um grande pesquisador. Interessou-se por tudo que se referia ao Brasil, tanto aguçado estava pela vida brasileira.


Todavia o incansável estudioso sempre uniu a pesquisa em livros com a palpitante vida da gente simples do povo, com a qual conviveu.

Elevado espírito: foi um homem público, porém a política partidária jamais o seduziu: suja e enojada que lhe parecia.

Angustiado, viveu os rumos do seu tempo: a segunda guerra mundial, a ditadura do Estado Novo; foi um homem voltado para a vida e a liberdade, desejando ardentemente que a sua arte servisse ao aprimoramento humano.

Quem foi afinal o autor de "Amar, verbo intransitivo"? Ele próprio nos responde num poema.
-"Eu sou trezentos, sou trezentos - e- cincoenta.
...
Mas um dia afinal, eu toparei comigo"

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pecezinho

Olá, pessoal!

Apresentamos "VENDENDO KULTURA" da série Pecezinho, personagem cada vez mais atual.
Desenhos de Gilberto Marchi.
Texto de Regina Sormani.

Boa diversão,
Um grande abraço,

Regina Sormani


domingo, 20 de junho de 2010

DOMINGO PEDE PALAVRA - 13

DOMINGO PEDE PALAVRA


Marciano Vasques
  


LIVROS 
PARA
CRIANÇA
MORAR
 

 
 




Uma criança escreve a ele dizendo que para ela a oitava maravilha do mundo é o Sitio do Pica-pau Amarelo. Dentro de poucos anos a obra do escritor de Taubaté cairá no domínio publico, o que significa que poderá sofrer todo tipo de adaptações e modificações, tal como Disney faz com os clássicos. Já podemos sentir essa nova realidade em algumas publicações do mercado e na moderna versão televisiva. Mas, quem foi esse homem grandioso? Desde que apareceu com a sua primeira obra escrita para adultos: o Urupês, o mais importante livro de contos publicado no Brasil em todos os tempos, que entre outras coisas, ampliou o universo lingüístico brasileiro, e no qual surge seu mais polêmico personagem, o Jeca Tatu, o fecundo escritor tornou-se a mais importante personalidade do Brasil, a presentear com a sua linguagem universal as crianças no triste período entre as duas guerras mundiais.
O autor das mais belas cartas jamais escrita no país. Nenhum brasileiro, em qualquer época, manteve uma correspondência de tal porte; isso numa época sem computador e sem as facilidades da vida contemporânea.
O sitio é a infância. É o mais rico modelo pedagógico erguido no país. Representa a escola com que sonhou Lobato, que então para as crianças com uma fé inabalável se voltou, escrevendo livros encantados.
Em 1936 promoveu um dos maravilhosos encontros no Sitio. Lá estava a comer bolinhos numa varanda, simplesmente o “D.Quixote das crianças”. Dona Benta começou a ler o livro, mas como a leitura era difícil, resolveu interrompê-la e, para a delícia dos pequenos, contar a história. O fato tornou-se o grande acontecimento naquele dia no Sitio.
Milhares de crianças chorando naquela tarde nos arredores do cemitério da Consolação no adeus do grande amigo.
"Pode dizer-se que nenhum homem, em nenhuma época, recebeu como ele tantas cartas infantis. Somente em 1940, quando, por defender a liberdade, o que é o mesmo que defender as crianças, foi condenado a um ano de prisão, mais de um milhão de cartas lhe foram enviadas pelos seus pequenos amigos de toda a América. Essa, mais do que nenhuma outra, foi a sua grande recompensa” Palavras pronunciadas em sua despedida naquela dolorosa tarde em São Paulo.
Quando esteve na Argentina, confessou: "Escrevo para as crianças, porque, depois de amanhã, elas construirão o mundo com que hoje sonhamos".
No cemitério da Consolação, O ator Procópio Ferreira, visivelmente emocionado, pronunciou as seguintes palavras ao microfone: "A sem-vergonhice nacional está de parabéns com a morte de Monteiro Lobato, grande homem, grande espírito, grande artista. Não sabemos o que mais admirar nele: se o homem de bem ou se o artista perfeito. Em meu nome e no de todos os atores do Brasil, trago aqui o nosso adeus comovido."
Segundo palavras do governo do Estado, Lobato, encarnando a reação ao espírito inconformado, transformou sua pena maravilhosa numa espada fulgurante e pontiaguda que lhe serviu de combate aos hipócritas. Assim era o homem que criou uma outra floresta, não a européia, repleta de castelos, duendes, e seres mitológicos das tradições culturais estrangeiras, mas a do Brasil, a do saci.
Lobato mostrou que ser infantil não é ser ridículo. A criança não é um débil mental. Desgostoso com os adultos passou a conviver com as suas crianças internas. Eis as palavras da Academia Paulista de Letras no dia da sua despedida: “Sabemos que eras, no fundo, uma grande ternura desejosa de exercer-se em benefício dos homens”.
Animado com as perspectivas na área da literatura infanto-juvenil, em 1926, já no Rio de Janeiro, para onde se mudara após a falência da sua Companhia Gráfico-Editora, Lobato confidencia a um amigo que enjoara de escrever para marmanjos, "bichos sem graça". E, lembrando-se do impacto que a leitura do Robinson Crusoé lhe causara, prometia, numa frase que se tornaria célebre: "Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar. Não ler e jogar fora; sim morar, como morei no Robinson” No volume de Fábulas, lançado em 1922, que reunia 77 narrativas, ele advertia que estas constituíam um alimento espiritual tão importante quanto o leite na primeira infância. Nos serões de Dona Benta os horizontes se ampliam e o universo invade o sitio.
Graças ao pó de pirlimpimpim ele levou a infância para viagens no tempo e no espaço.
Numa sociedade patriarcal, que mantinha a opressão da mulher, injetando nela as “características femininas” próprias à época, como a obediência, o servilismo e a humildade, a boneca Emília escandaliza os setores mais conservadores e tradicionalistas na primeira metade do século passado.
Por mais que se diga, sempre será pouco o que possamos falar a respeito dessa ternura desejosa de se exercer em beneficio da humanidade.





sábado, 19 de junho de 2010

Seis ipês floridos


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Queridos amigos,

Quem descer a Abílio Soares, no bairro do Paraíso, em direção ao parque do Ibirapuera, com certeza vai notar um quadro de rara beleza:
Seis ipês-rosa explodem em cachos floridos, dominando o pedaço. Há uma pequena rua, na descida, chamada Evaristo de Moraes, que todo ano torna-se famosa quando os seis ipês resolvem florescer, atraindo a atenção e admiração dos moradores e daqueles que costumam caminhar pela redondeza.
Fui passear com o meu labrador, o Lion, e ao passar por ali, tive que parar e apreciar, encantada, os seis ipês-rosa. E lá no fundo, o céu azul.
Grande abraço,
Regina Sormani

domingo, 13 de junho de 2010

NOTICIAS DA TERRINHA

QUERMESSE DE SANTO ANTONIO
A 88ª edição da Festa de Santo Antonio realizada em Agudos, teve inicio no dia 22 de maio,oferecendo atrações musicais, praça de alimentação, barracas das entidades sociais, parque de diversões, rancho do produtor rual e parte religiosa promovida pela Paroquia.
No encerramento, na proxima semana, haverá leilão de gado beneficente.

Neste clima de festa junina, aproveito para passar a todos uma receita de Quentão, que poderá ser preparado em casa.

QUENTÃO


INGREDIENTES:

- 2 LITROS DE AGUA
- 1 PEDAÇO DE GENGIBRE PEQUENO
- 1 ½ XICARA DE CHÁ DE AÇUCAR
- CANELA EM PAU A GOSTO
- 4 CRAVOS
- 2 COLHERES DE SOPA DE MEL
- SUCO DE 2 LIMÕES
- 1 LITRO DE PINGA

MODO DE PREPARO

Raspe e pique o gengibre em pedaços pequenos e coloque numa panela grande com os 2 litros de água, o açúcar, a canela, os cravos, o mel e o suco de limão.
Deixe ferver por 15 minutos em fogo alto.
Retire e coe a mistura.
Volte a calda para a panela junto com a canela e despeje a pinga.
Deixe ferver por mais 5 minutos.
Sirva em seguida, mantendo o quentão sempre em local aquecido e em recipiente fechado.
Se preferir um quentão mais fraco, reduza a quantidade de pinga.

Aproveitem o quentão para esquentar os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da FIFA.
Beijos

sábado, 12 de junho de 2010

DOMINGO PEDE PALAVRA - 12

Marciano Vasques


NO MEU BARQUINHO
 
 
 

Navegando sob o céu azul lá vou mirando o Cruzeiro do Sul, cada vez mais feliz no meu país, gigante como ele só. Lindo que é, tropical; dos filhos deste solo ninguém é mais feliz que eu.

Lá vou, no meu barco amarelo feito de papel, marchando cabeça de papel que sou, menino ainda a velejar em plenos sonhos de carretel e de carrossel.

As águas erguem-se, limpas que são, em ondas mil, agitando o meu barquinho, que pensa em virar, mas insisto no seguro cais.

Como é bom navegar! Vejo tudo acontecer; o meu barco tem uma janela e por ela fico a observar como é bom viver por aqui, num quarteto de cores, sob o anil. E sigo, numa terra varonil. Quem diria que assim seria o meu Brasil!

Jovens espancando uma empregada pensando que fosse uma prostituta. Uma prostituta, por isso a agrediram. Eles sempre tiveram o conforto que um adolescente de classe média pode ter, por isso não são criminosos, nem merecem sofrer como se fossem pobres, como se habitassem na periferia ou em favelas. São apenas meninos da classe que tem dinheiro, que podem estudar nos melhores colégios e apenas se enganaram pensando que se tratava de uma prostituta, o que serviu para justificar os socos, os pontapés, os hematomas, a dor e a humilhação, mas tudo bem, também poderiam atear fogo na mulher, como se ela fosse um índio. Enganos são perdoados, erros são humanos, errar é humano, como bem disse o presidente da República, devemos sempre perdoar os erros de alguém, principalmente se ele for nosso companheiro, reforço. Os filhos apenas pensaram que estavam diante de uma prostituta. Por isso vi no meu país um levante de manifestações de entidades envolvidas com as minorias, protestos por toda a nação, de ponta a ponta. Tanto entusiasmo nacional por justiça quase atrapalhou o azul da tela da TV e o gosto justo e merecido pelas novelas, merecido por que o cidadão vive num sufoco e só mesmo o conforto da TV à noite para dar benção nesse esgotamento. Se não fosse assim, tantas almas transbordariam de esgoto!

Lá vou eu no meu barquinho de papel, sem contudo generalizar, pois geralmente o que é geral foi generalizado e isso, se me perdoem, pode fazer parte de um tratado genérico de generalização, o que pode significar o nascedouro de um opinião imposta, mesmo que sutilmente. O que pode ocorrer inocentemente, como costuma acontecer com opiniões generais que parecem órfãs. Talvez assim seja: o que é de natureza general acaba por ser generalizado, então não podemos cair nem permanecer em pé em erros tão simplistas e eloqüentes, visto que se nada pode ser generalizado, é possível que em algum lugar haja algum culpado, sim, deve ter algum culpado, e então nem todos seriam inocentes, além dos meninos que espancaram a mulher por engano, e dos nobres companheiros. Sobre esses ninguém em bom senso poderia alegar qualquer vestígio de culpa, pois estaríamos demonizando pessoas públicas que cometem apenas erros humanos e jovens que adquiriram cultura em bons colégios e que cursariam as melhores faculdades do meu país. Paz na terra aos amantes que sob o Cruzeiro do Sul velejam como a mim, sem insolência e sem precipitações, sem conclusões e sem bravatas.

Todo companheiro é inocente para sempre. Isso me reconforta e transborda-me de alegria incontida o coração. Quase sempre acho que nesta vida só o atrevimento vale, moço, mas achar é meio doxa, coisa de opinião, como discutir futebol, religião ou política. Engano, moço, não podemos colocar futebol no mesmo pedestal de religião ou política, que são duas coisas exemplares para uma discussão. Eis aí um caso de generalização, tão profundamente fincada que quase todo mundo vive a repetir isso: que futebol, política e religião..., ora, religião e política dariam discussões profundas, se interesse pudesse caber nos corações contemporâneos, mas parece que todo mundo está deixando a vida o levar, ou a vida ser levada, porém isso é ceticismo, e eu lá sou homem disso?

O importante é jamais me olvidar de que vivo em um país lindo, e isso ninguém vai negar, rodeado de cerveja por todos os lados, com mulheres loiras e morenas, muito artista faturando, e muita gente graúda, proprietária de muitas vacas, e eu que de moralista nada tenho, reafirmo que seria hipocrisia questionar o direito de quem quer que seja ter um amante, e ter um filho com esse amante, o que de fato interessa (eis um verbo louco para ocupar definitivamente o posto de força de expressão), o que de fato ou sem fato interessa é você se valer do seu cargo e do seu poder para pagar compromissos com dinheiro alheio. Eu, como não tenho cargos nem poder e só pago coisas assim miúdas, tipo prestações das lojas e as financeiras, o que no caso é bem justo, pois fui eu que apareci por lá para pedir os empréstimos e não devo reclamar por estar sendo esfolado visto.Seria uma traição aos meus algozes que me socorreram e estarão sempre de braços abertos para me receber quando eu necessitar, eu, que nada sou, nem cético, quero apenas dizer que jamais tive uma boquinha assim de pagar um compromisso meu com dinheiro alheio, mas de qualquer forma essa gente inocente merece afagos, e sejamos justos: ninguém está autorizado a esculhambar com a República, isso é tarefa para os humoristas. Todavia, como o nosso povo acredita que os humoristas estejam aí apenas para nos distrair e nos fazer dar risadas ou gargalhadas ponho-me a pensar que esses profissionais não recebem valoração adequada.

Sentir-me-ia mal se tivesse a chance de pagar compromissos com grana alheia. A culpa foi da educação caseira. Meu pai me treinou assim, fez um adestramento de tal forma que fui condenado a ser correto e andar em retidão.

Os ricos estão unidos como nunca tiveram: é financeira unida com rede de supermercados, é banco com financeira..., eles realmente seguem o grande ensinamento popular que diz que a união faz a força, pena que a força popular não aplique atualmente esse próprio tesouro. Sinto uma admiração imensa por essa união dos ricos e dos poderosos, até invejo, seria tão produtivo se o povo imitasse isso, pois o que é bom deve ser imitado, e não apenas cacoetes e globalizações de novelas.

No mais, a alma é corrupta, diríamos, e o povo assiste passivamente aos nosso homens públicos se desviarem da ética, por isso vamos deixar pra lá o artista que assina contrato milionário para divulgar bebida alcoólica, vamos deixar para lá os latifundiários que se tornam ministros, vamos deixar para lá os espancadores que tem pais generosos e fartos, e os companheiros que cometem erros humanos, ainda bem, pois se fossem erros bovinos não perdoaríamos jamais. Falar em erros bovinos me fez lembrar os acertos bovinos. Eu, simples cidadão que apenas paga o preço atual do leite e compreende que está satisfazendo a vaidade das vacas, que afinal enlouqueceram nas prateleiras do supermercados, compreendo finalmente que errei ao me alvoroçar em ser poeta e escritor, melhor teria sido se tivesse investido em gado,. Poderia ter comprado pelo menos uma vaca, mas nem isso fiz. Serei um eterno Sem-vaca.
Vamos deixar tudo pra lá, é inverno e só quero que você me aqueça, pois tudo está indo de vento em popa, como diria o meu velho pai, vamos deixar pra lá, pois em Brasília tem muitas festas juninas, vamos fazer como eu, que não me incomodo com nada e sigo no meu barquinho amarelo feito de papel a navegar sob essa fartura azul, repleta de boas nuvens, com estrelas a nos guiar.


Junho

Meus queridos,

Quantas datas interessantes ocorrem no mês de junho!
Em 12 de junho comemora-se o dia dos namorados. Dia 13, é Sto Antônio e várias simpatias e homenagens ao santo casamenteiro já estão acontecendo em muitas cidades do interior do estado. Nas quermesses, referência importante nas festas juninas, o ambiente é festivo, aberto a todos. O correio-elegante, mensagem amorosa que os apaixonados enviam aos seus eleitos, faz enorme sucesso durante esses eventos. É realmente admirável a agilidade dos meninos quando sobem no escorregadio pau-de-sebo. Ah! preciso mencionar o delicioso aroma de quentão que se espalha pelo ar, misturado ao cheirinho bom da pipoca.
Até o final do mês, ainda teremos a comemoração de São João (24) e São Pedro (29)ao som das músicas regionais e das divertidas quadrilhas. A todos: feliz dia dos namorados e aproveitem bem o mês de junho.
Um beijão,
Regina Sormani

domingo, 6 de junho de 2010

Teatro de Bonecos: Letícia & Bocalhão

Letícia e Bocalhão são personagens do meu livro " Bye, Bye, Amigo Monstro", editado pela Paulus. Eles foram confeccionados pelo Marchi, com vários materiais diferentes. Na história, que é interativa, Letícia sonhava com um monstro aterrorizante. Um dia, encontrou uma fórmula de " parar de ter medo". Esse é o tema central da história. Utilizo esses lindos bonecos durante as apresentações do teatro em escolas e bibliotecas da capital e interior.
Os direitos do livro voltaram integralmente para a autora.

Um beijo e um abraço,
Regina Sormani







NOTICIAS DA TERRINHA

                                                    TRANSPORTE GRATUITO

Três novos ônibus foram comprados para o uso do transporte de circular gratuito em Agudos. Os veiculos vão compor a frota municipal de coletivos, já formada por outros oito ônibus.
O prefeito Everton Octaviani informou que vai substituir gradativamente toda a frota por veiculos novos, para garantir que a população usuária do transporte circular seja atendida com qualidade e segurança.
Implantado na gestão do ex-prefeito Carlos Octaviani, o circular gratuito faz de Agudos uma das poucas cidades do país que oferecem este serviço para a população.
Dos três ônibus adquiridos um já possui adaptação especial para o transporte de pessoas com necessidades especiais.


                                           OFICINA DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

No período de 12 de junho a 7 de agosto a Secretaria Municipal de Cultura de Agudos irá promover uma oficina de história em quadrinhos com o cartunista Kleber Araujo (Klebinho).
A oficina é totalmente gratuita e está direcionada para adolescentes com idades de 12 a 17 anos.
Serão oferecidas vagas para 50 alunos que serão divididos em duas turmas de 25 cada, com aulas aos sábados das 13 h às 15h e das 15h  às 17 h.
No projeto de conclusão de curso está previsto a confecção de um gibi .

sábado, 5 de junho de 2010

DOMINGO PEDE PALAVRA - 11

DOMINGO PEDE PALAVRA
Marciano Vasques

AS RENAS ESMAGAM OS GROUS



Encontrei um diário antigo de anotações.

Na noite de 21 de julho de 1969, eu olhava para a lua e pensava na menina que costumava aparecer com uma blusa azul na quermesse.
Sonho meu é como um grou. Alguns imensos e brancos como os grous da Sibéria. Outros, coloridos e tortuosos. Uns carregados de esperanças, outros, sem esperanças, apenas livres.
Os ninhos com os filhotes de grous são constantemente esmagados pelas grandes manadas de renas que disparam em regiões asiáticas.

Manadas nunca perdoam, passam por cima, arrastando tudo.
Manada pode ser considerado o vendaval mais pesado e mais arrasador para as pequenas criaturas do caminho.

As renas esmagam os grous.
Diariamente as manadas das dificuldades, de intempéries, esmagam meus sonhos, como se eles fossem grous.

Um presente nosso, por mais simples e delicado que seja, presenteia e presentifica o mundo, que fica presentificado.
Uma voz suave é uma obra tão grandiosa quanto qualquer outra.

Andersen escreveu e publicou as lendas que ouvia na infância.

Transformou-as em livros para as crianças, altamente educativos para os adultos. Um dia declarou: “Este é o meu presente para o mundo”. 
Hans Christian Andersen. Sua vida sofrida era um patinho feio. As adversidades não contavam com a persistência do soldadinho de chumbo.

E ele deixou o seu presente para o mundo. E até hoje, se faz presente.
O passeio mágico. Chamo assim a curiosa viagem de situações entre as histórias e lendas de povos de regiões e épocas diferentes.
Em diversas histórias, mitos e lendas de povos distantes entre si, em época e em regiões, algumas situações costumam reaparecer e se repetir, como se fossem universais, como se cada povo vivesse ou sentisse as mesmas coisas, cada qual a sua maneira.
É evidente que Joseph Campbell já demonstrou isso na mitologia, mas sempre é bom observar certas coisas na literatura infantil.
Observar o seu passeio mágico, essa repetição saborosa, que às vezes extrai da mitologia uma passagem, uma situação altamente significativa.
Penso, arrisco, que a literatura infantil é a grande auxiliar da mitologia, a sua irmã, ou, se podemos assim dizer, a sua correspondente para falar com os pequenos. Assim como a literatura é a irmã da filosofia para falar ao leigo. A filosofia se vale da literatura para atingir o leigo.

Sonhos.
Por eles podemos enlouquecer. Podemos até nos tornar um rei louco, como Luís II, da Baviera, para quem os contos de fadas não passaram.
Ele construiu três construções maravilhosas, um projeto alucinado, pois permaneceu com os contos de fadas na mente.
Enlouquecido em seus devaneios construiu um castelo que inspirou Disney para o castelo da Cinderela.
A paisagem alemã refletiu a partir do século dezenove a sua loucura, o seu sonho.
Os meus, alguns, são como grous.

 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pecezinho - O pequeno corrupto



Olá Pessoal!

Registramos o Pecezinho na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 26 de Janeiro de 2007. Ele apareceu durante algum tempo no jornal "O Progresso" de Brotas de propriedade do nosso caro amigo Pedro Lucente. Resolvemos colocá-lo no blog novamente porque muitas pessoas queriam conhecê-lo. Com vocês, uma pequena amostra do Pecezinho.

Um abraço,
Regina Sormani (argumento)
e
Gilberto Marchi (desenhos)

Fogão de lenha



Olá, meu povo!

Mencionei algumas vezes o fogão de lenha da minha mãe, dona Marina.
O fogão era a grande estrela da nossa cozinha, lá em Agudos, interior do estado de São Paulo, cidade onde nasci.
Foi sentada à beira desse fogão que ouvi muitas e belas histórias contadas pela minha mãe. Creio que, nessa época, eu já alimentava, lá no íntimo, a vontade de escrever. Essa tela, a óleo, 50cmX65cm foi pintada pelo Marchi, em 1976.
Beijos,
Regina Sormani